sexta-feira, 30 de dezembro de 2005

Votos de um Excelente 2006


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Chegamos ao final de mais um ano e a equipa do blog "A Informação" vem desejar-lhe umas óptimas entradas e um excelente 2006.
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Aproveitamos a oportunidade para agradecer o seu interesse no nosso blog e convidamo-lo a acompanhar-nos no próximo ano.
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Com os votos de um feliz Ano Novo.
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A Equipa do blog "A Informação"

quarta-feira, 28 de dezembro de 2005

A newsletter "A Informação" já está disponível


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Boa tarde,
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A newsletter "A Informação" já foi disponibilizada a todas as pessoas que a solicitaram através de email. A newsletter também foi enviada aos blogs que colaboraram na divulgação da mesma. Quem a quiser receber por email basta enviar uma mensagem em branco. Dentro de alguns dias, a newsletter também estará disponível para download no blog.
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Com os melhores cumprimentos,
Paulo Sousa
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(Pormenor da capa da newsletter)

sábado, 24 de dezembro de 2005

Mensagens de Natal de alguns dos colaboradores do Blog e da Newsletter


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quarta-feira, 21 de dezembro de 2005

Blogs cooperantes na divulgação da newsletter


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Desde já agradeço a todos os que estão a aderir a esta iniciativa.

(A listagem é apresentada por ordem de chegada.)

terça-feira, 20 de dezembro de 2005

Livro para baixar


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Prezados,

segue sugestão de livro para baixar:

PROCÓPIO, Ednei. Construindo uma Biblioteca Digital. São Paulo: Edições Inteligentes, 2004. 109 p. Inclui glossário. Bibliografia: 103-106. ISBN 85-7615-112-X. 1.796 Kb.

Aborda o tema da construção de bibliotecas digitais sob muitos aspectos, principalmente focando nos aspectos sociais. Traz considerações importantes e consistentes para a elaboração de um projeto de biblioteca desse tipo.
Clique aqui para ir para a página de download.
Um grande abraço a todos,
André Ricardo Luz

segunda-feira, 19 de dezembro de 2005

Apresentação de um novo colaborador: Murilo Bastos da Cunha


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Boa tarde,
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A partir de hoje, este blog vai passar a contar com a colaboração de um novo colaborador. Chama-se Murilo Bastos da Cunha e é professor do Departamento de Ciência da Informação e Documentação da Universidade de Brasília. Fez mestrado em Administração de Bibliotecas na Universidade Federal de Minas Gerais e doutoramento na Universidade de Michigan (EUA). Foi presidente da Associação dos Bibliotecários do Distrito Federal e presidente do Conselho Federal de Biblioteconomia. Entre as actividades exercidas na Universidade de Brasília estão as de director da Faculdade de Estudos Sociais Aplicados, chefe do Departamento de Ciência da Informação e Documentação e Director da Biblioteca Central. Publicou: Uso de informações científicas e técnicas no Brasil, com Victor Rosenberg (1983), Bases de dados e bibliotecas brasileiras (1984), Documentação de hoje e de amanhã, com Jaime Robredo (1986 e 1994), Para saber mais: fontes de informação em ciência e tecnologia (2001). Tem pesquisado sobre bibliotecas digitais, bibliotecas universitárias e informação científica. O seu curriculum vitae completo pode ser consultado através do Sistema Lattes.

De seguida, apresentam-se algumas das suas publicações que se encontram disponíveis através Internet:

Com a entrada deste novo colaborador, reforçamos ainda mais esta plataforma de intercâmbio constituída por profissionais da informação dos dois lados do Atlântico. Passados 6 meses sobre o arranque do blog, pode dizer-se que a experiência tem sido muito positiva, e, sinal disso mesmo, é a apresentação da 1ª edição da newsletter deste blog. Esta vai sair dentro de poucos dias, contando com a participação de diversos profissionais da informação dos dois países.
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Desde já agradeço a sua colaboração.
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Com os melhores cumprimentos,

Paulo Sousa

Wikipedia comes close to Britannica


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No artigo da revista Nature - Internet encyclopaedias go head to head, Jim Giles dá conta de um estudo que confronta a Wikipedia com a Britânica.

The exercise revealed numerous errors in both encyclopaedias, but among 42 entries tested, the difference in accuracy was not particularly great: the average science entry in Wikipedia contained around four inaccuracies; Britannica, about three.


Considering how Wikipedia articles are written, that result might seem surprising. A solar physicist could, for example, work on the entry on the Sun, but would have the same status as a contributor without an academic background. Disputes about content are usually resolved by discussion among users.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2005

Newsletter "A Informação" II


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A newsletter do blog "A Informação" está quase a chegar... Além dos textos apresentados por alguns colaboradores do blog, também já recebemos a confirmação da participação da Dr.ª Fernanda Ribeiro e do Dr. Armando Malheiro, mentores da licenciatura em Ciência da Informação que está a ser ministrada em cooperação entre a Faculdade de Letras e a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.
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Depois duma perscrutação superficial dos vários temas que vão ser apresentados, posso adiantar desde já, alguns dos temas que vão ser tratados, nomeadamente, o Open Access, a Biblioteca e a Internet, a Ciência da Informação, um Projecto de Software Livre em Ciência da Informação, entre outros.
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Aproveitando este momento, eu gostava de fazer um apelo a todos os visitantes deste blog para que divulguem esta iniciativa, nomeadamente, através dos seus blogs. A colaboração de todos é uma mais valia para que a informação veiculada tenha um maior impacto junto dos profissionais da informação e demais interessados pelo mundo da informação. A divulgação da newsletter tem pelo menos duas vantagens! É gratuita e é uma excelente fonte de informação para nos enriquecermos ainda mais, enquanto profissionais da informação ou simples interessados pela área.
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Os blogs que acederem a este apelo vão ser listados neste espaço. Desta forma, espera-se criar uma rede de blogs que se identificam e perfilham com mundo da informação. Desde já agradeço a quem se quiser associar a esta iniciativa.
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Os votos de um bom fim-de-semana para todos.
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Com os melhores cumprimentos,

Paulo Sousa

Revisão do Sistema de Carreiras e Remunerações


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Conselho Directivo Nacional da BAD tomou a iniciativa de solicitar uma reunião com o Presidente da Comissão de Revisão do Sistema de Carreiras e Remunerações. Nessa reunião chamou a atenção para o seguinte:


As carreiras específicas de técnico superior de biblioteca e documentação, de técnico profissional de biblioteca e documentação, de técnico superior de arquivo e de técnico profissional de arquivo foram definidas pelo Decreto-Lei n.º 247/91, de 10 de Julho, como tendo um conteúdo funcional específico, sendo portanto exigida uma qualificação profissional acrescida para o respectivo exercício.


Procurou-se, sobretudo, sensibilizar a Comissão para o facto de a especificidade destas carreiras ser um factor de qualidade na prestação de serviços públicos ao cidadão, constituindo a extinção das mesmas um enorme retrocesso nos processos de modernização administrativa e de qualificação dos recursos humanos da Administração Pública.


Por último, salientou-se que a especificidade das nossas carreiras não se reflecte em qualquer tipo de benefício retributivo, uma vez que lhes são aplicadas as escalas salariais do regime geral da função pública, pelo que a manutenção das carreiras de bibliotecas e documentação e de arquivo como carreiras especiais não se traduzirá em despesas acrescidas para o Estado.


quinta-feira, 15 de dezembro de 2005

O que é o Acesso Livre?


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“Acesso livre” significa a disponibilização livre na Internet de literatura de carácter académico ou científico, permitindo a qualquer utilizador ler, descarregar, copiar, distribuir, imprimir, pesquisar ou referenciar o texto integral dos documentos.
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“Uma velha tradição e uma nova tecnologia convergiram para tornarem possível o aparecimento de um bem público sem precedentes. A velha tradição é a boa-vontade de investigadores e cientistas publicarem os resultados da sua investigação em revistas científicas, sem qualquer remuneração, apenas em prol da investigação e difusão do conhecimento. A nova tecnologia é a Internet. O benefício público que as duas possibilitam é a distribuição electrónica, a uma escala mundial, da literatura científica publicada em revistas científicas e técnicas dotadas de comité científico (peer review), de forma gratuita e sem restrições de acesso a investigadores, docentes, alunos e outros indivíduos interessados. A eliminação de barreiras de acesso à literatura científica ajudará a acelarar a investigação, a enriquecer a educação, a atenuar a distância e a partilha entre o rico e o pobre, tornar a informação o mais útil possível, e cimentar as bases para uma união da humanidade a través do diálogo intelectual e a procura do conhecimento. Por várias razões, este tipo de disponibilidade em rede, gratuita e sem restrições, a que chamaremos de Acesso Livre (Open Access) tem estado até ao momento limitado a domínios científicos restritos. Contudo, dentro das limitações destas colecções, distintas iniciativas tem revelado que o Acesso Livre é economicamente viável, que proporciona aos leitores um poder extraordinário para aceder a literatura relevante, e brinda os autores e os seus trabalhos com uma nova dimensão, uma nova visibilidade, um novo impacto, e um público mais vasto. (…)”
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Bibliotecários terroristas no Reino Unido?


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Ao abrigo de um projecto de lei elaborado pelo governo britânico, os bibliotecários poderiam sofrer sanções penais se deixarem requisitar obras ditas "terroristas". O problema reside na definição pouco clara desta nova categoria de obras.
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Notícia completa em: Information World

quarta-feira, 14 de dezembro de 2005

Utilização dos Webservices na Interoperabilidade de Sistemas de Informação na Modernização da Administração Pública


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No início do século XXI, o governo português defende a necessidade de uma administração pública centralizada no cidadão. Perante esta linha governativa, actualmente a administração pública central, local e regional tem como grande desafio a actualização e a inovação do seu funcionamento.
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Nos dias de hoje, existe uma necessidade premente, por parte de todas as pessoas, de ter acesso à informação de uma forma rápida, fácil e controlada. Esta mudança de paradigma faz-se reflectir inclusive na administração pública, pois cada vez mais o cidadão tem menos tempo para despender em deslocações às instituições, recorrendo a meios alternativos como a Internet, fax, SMS,…
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Assim, para atingir os objectivos referidos anteriormente, as instituições têm realizado verdadeiras revoluções internas, optimizando procedimentos de trabalho, definindo e gerindo processos, sempre com o objectivo de prestar cada vez mais um melhor serviço. A melhoria e optimização do serviço prestado ao cidadão passa também pela optimização dos processos, pela redução de tempos de execução das actividades e por melhoramentos nos circuitos internos realizados pelos processos. Torna-se, portanto, fundamental a implementação de projectos de interoperabilidade entre sistemas de informação, estando estes numa mesma organização ou inter-organizações.
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Interoperabilidade
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Cada vez mais, o futuro passa pela necessidade de todas as organizações comunicarem entre si e existir um local a partir do qual o cidadão/empresa possa comunicar com as várias organizações, de forma fácil e rápida, tal como uma grande quantidade de pessoas faz com as suas instituições bancárias, podendo contactar com estas utilizando o canal Internet e reduzindo as deslocações ao balcão para as situações em que é imperativa a presença física.
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Numa altura em que a revolução da Internet e do mundo digital está a convergir com a revolução do design e da implementação dos processos de negócio para alcançar o futuro acima mencionado, isto é, para que todas as instituições da administração pública central e local comuniquem entre si, a interoperabilidade é a pedra filosofal que suporta esta revolução.

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A interoperabilidade entre plataformas e a necessidade de integrar os dados não é um problema novo, mas tornaram-se fundamentais neste mundo globalizado em que vivemos, que requer a capacidade de resposta aos pedidos de uma forma rápida e eficiente. A interoperabilidade consiste na capacidade de transferir e utilizar informações de maneira uniforme e eficiente entre várias organizações e sistemas de informação.

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Aceder ao artigo completo em: Webservices

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Fonte: SINFIC

terça-feira, 13 de dezembro de 2005

Comunicações do Seminário Internacional de Arquivos de Tradição Ibérica


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O Instituto dos Arquivos Nacionais / Torre do Tombo (IANTT) disponibiliza no seu site as comunicações que foram proferidas no decorrer do Seminário Internacional de Arquivos de Tradição Ibérica. Estas apresentações revelam-se de grande qualidade, abordando os arquivos sob diversas perspectivas e realidades.
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Acesso às comunicações em texto integral: Seminário Internacional de Arquivos de Tradição Ibérica

segunda-feira, 12 de dezembro de 2005

1º Mercado do Livro da Universidade de Coimbra


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O Arquivo, a Biblioteca Geral e a Imprensa da Universidade de Coimbra, vão realizar o 1º Mercado do Livro da Universidade de Coimbra. Esta iniciativa decorrerá de 14 a 16 de Dezembro de 2005, entre as 13 horas e as 19 horas, no Auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra (junto à cantina das Químicas).
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No 1º Mercado do Livro poderão ser adquiridas diversas publicações, editadas pelas entidades organizadoras, algumas já desaparecidas dos mercados livreiros, a preços muito reduzidos.
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O evento contará, ainda, com a exposição de um exemplar da mais antiga edição dos Lusíadas, o lançamento de publicações e, ainda, com animação por grupos da academia.
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Informação disponibilizada por: Gracinda Guedes

sábado, 10 de dezembro de 2005

Repositório Acadêmico de Biblioteconomia e Ciência da Informação - RABCI


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"Após um periodo de problemas técnicos, o Repositório Acadêmico de Biblioteconomia e Ciência da Informação - RABCI voltou com força total.

A motivação para a criação do Repositório surgiu durante o ENEBD de Recife (2004), em que constatamos que a qualidade dos trabalhos acadêmicos produzidos nas Universidades é muito alta, mas infelizmente eles não estão disponíveis aos estudantes. Então, o RABCI foi criado com o objetivo de possibilitar que os estudantes divulguem e compartilhem a sua produção com outros estudantes da área.

Como estamos no final do semestre e do ano, época em que os alunos estão entregando os seus trabalhos (tanto de disciplina, como de conclusão de curso), gostaria de deixar um pedido para que os estudantes que tiveram um grande trabalho intelectual para criá-los, possam compartilhar os resultados desse trabalho e para os que os professores incentivem seus alunos a compartilhar a produção deles.
Quem tiver interesse, é só se cadastrar como autor e submeter o seu trabalho, uma vez que o repositório funciona em sistema de auto-arquivamento.

O sistema utilizado é o SEER, que foi adaptado do OJS pelo IBICT."

Fonte: Blog - Bibliotecários Sem Fronteiras

sexta-feira, 9 de dezembro de 2005

Evocação Natalícia no Arquivo da Universidade de Coimbra


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No dia 14 de Dezembro pelas 17 horas terá lugar, na Sala D. João III do Arquivo da Universidade de Coimbra, uma cerimónia evocativa do Natal de cujo programa faz parte uma Conferência a proferir pelo Jesuíta Pe. Nuno Tovar de Lemos, Director do Centro Universitário Manuel da Nóbrega. Teólogo da alta craveira é autor de vários livros entre eles “O Principie e a Lavadeira” que, no espaço de um ano, contou com 7 edições.
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Nuno Tovar de Lemos propõe a sugestiva reflexão “Natal: um pouco mais do mesmo?”
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A cerimónia terminará com a actuação do já consagrado “Coro dos Pequenos Cantores de Coimbra” sob a direcção do Maestro José Firmino.
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A entrada é livre.
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Informação disponibilizada por: Gracinda Guedes

terça-feira, 6 de dezembro de 2005

O advento da Ciência da Informação


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Quem quiser conhecer melhor esta ciência, tem que recuar no tempo, para poder discernir os seus primeiros passos. Antes dos finais do século XIX, altura em que surge o termo «information science»[1], não há referências específicas a esta designação. A ciência da informação tem ligações ou raízes a outras disciplinas que, desde há muitos séculos, se começaram a afirmar como tal. Assim sendo, com o advento da Imprensa, o aumento gradual do fluxo de informação, o humanismo, o aumento exponencial da burocracia na administração pública, a centralização dos arquivos e a abertura das primeiras bibliotecas públicas, deu azo a algumas práticas empíricas na organização das bibliotecas e dos arquivos. Outro contributo importante deve-se ao surgimento dos princípios da bibliografia científica, no século XVI, cujo percursor foi Konrad Gesner.
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Em 1891, o belga Otlet e outros publicaram o «Sommaire périodique dês revues de droit»[2], após a qual, ele próprio expõe a sua preocupação pela qualidade ao invés da quantidade das publicações que eram referenciadas nos catálogos bibliográficos. Em 1892, Paul Otlet e Henri La Fontaine unem esforços no sentido de criar o Instituto Internacional de Bibliografia (IIB), cujo objectivo principal era o de reunir toda a informação registada. O que estava em causa não era o suporte, mas sim a informação, daí que se possa falar na emergência de uma nova área a romper com as vigentes, que veio a designar-se por "Documentação". Esta tornou-se uma noção com características intrínsecas, convergindo o seu «âmbito à organização e tratamento de registos informativos em diversos suportes, necessários, sobretudo, à investigação científica e técnica»[3]. O crescente interesse por esta nova área, levou à criação do American Documentation Institute (ADI), cuja missão era a de tornar acessível a informação de índole científica. Na opinião de López Yepes, a Documentação é uma «"ciência do documento", ciência geral, auxiliar de todas as demais e que lhes impõe as suas normas desde o momento em que eles transmitem seus resultados sob a forma de documentos»[4].
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A partir da 2ª Guerra Mundial, com o grande desenvolvimento tecnológico, a explosão da informação – nomeadamente o "boom" da informação científico-técnica vai dar origem a novos centros de documentação. Em 1958, após a International Conference on Scientific Information que decorreu em Washington, dá-se início a uma nova era, pois é a partir desta data que alguns autores se referem a esta conferência como o acontecimento que marca a metamorfose da documentação em ciência da informação. Em 1962, a surge esta expressão no título de uma reunião internacional denominada de Second International Congress on Information System Sciences, realizado em Hot Springs (Virgínia). A meados da década de 60, a expressão estava definitivamente implantada nos E.U.A., acabando por ser o país onde esta área se desenvolveu mais rápido. Devido ao seu estudo aprofundado, tornou-se constante o surgimento de propostas de definição, além de uma tentativa de fundamentação teórica desta área disciplinar. Em 1966, surge a revista Annual Review of Information Science and Technology e, dois anos depois, o ADI muda o seu nome para American Society for Information Science (ASIS).
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Do ponto de vista profissional também se reconhecem os antigos documentalistas como profissionais da information science. Cada vez, são mais as definições que tentam aperfeiçoar e descrever a essência desta nova área. Nas conferências do Geórgia Institute of Technology, realizadas em Outubro de 1961 e Abril de 1962, vai sair uma definição que ainda hoje se mantém consensual. Assim sendo: «Ciência da Informação é a que investiga as propriedades e comportamento da informação, as forças que regem o fluxo da informação e os meios de processamento da informação para um máximo de acessibilidade e uso. O processo inclui a origem, disseminação, colecta, organização, armazenamento, recuperação, interpretação e uso da informação. O campo deriva ou relaciona-se com a matemática, a lógica, a linguística, a psicologia, a tecnologia computacional, as operações de pesquisa, as artes gráficas, as comunicações, a biblioteconomia, a gestão e alguns outros campos»[5].
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Em 1968, Harold Borko, num artigo intitulado de Information Science – What is it?, reformula a definição que saíra das conferências de 1961-62, com a qual se identifica, mas indo mais além, descrevendo que a biblioteconomia e a documentação são componentes aplicadas da ciência da informação. A partir desta data ainda surgem variadas definições de diferentes autores para a ciência da informação, no entanto o debate vai começar a centrar-se sobretudo em torno do "objecto" da ciência da informação (o que é que esta ciência estuda? – Informação!) e a delimitação do seu campo científico.
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Esta questão do "objecto vs. informação", tem sido problemática, multíplice e com diferentes sentidos. Há alguns autores que defendem com muito acérrimo a ciência da "Documentação" na luta pelo campo científico, nomeadamente através da "escola espanhola" que defende esta ideia, difundindo-a pela América Latina. Os profissionais da documentação/informação, onde em Espanha é designada por Ciência da Documentação, tentam implementar esta frágil disciplina, onde as suas maiores dificuldades surgem de «su carácter de metadisciplina o de interdisciplina, pues presta su apoyo a otras ciencias además de transcenderlas para desarrollarse como ciencia propria, além de que esta pretensa ciência no tiene un objeto en exclusividad; da igual que pensemos en el documento o en la información: nuestra ciência se ocupa de algunos de sus aspectos, no de todos»[6] segundo a autora Blanca Rodríguez Bravo[7]. Nos E.U.A. existem facções ou grupos de profissionais que defendem que a ciência da informação está englobada na ciência da comunicação.
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No entanto, esta mudança prende-se com a seguinte diferença – uma coisa é usar a informação, outra coisa, é estudar e investigar a "informação".
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Terminando, deixo apenas uma pequena citação para reflectir:
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«o objecto de estudo da Ciência da Informação – a Informação – flutua entre sombra e luz, na complexidade não somente do seu processo de criação, mas na sua passagem para o conhecimento e, sobretudo, num processo histórico mais amplo e não menos complexo, de profundas e radicais transformações da sociedade da informação ou da tecnocultura.»[8]
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[1] SILVA, Armando Malheiro da [et. al.] – Arquivística: teoria e prática de uma ciência da informação. Porto: Edições Afrontamento, cop. 1998. (Biblioteca das Ciências do Homem. Plural; 2). ISBN: 972-36-0483-3. p. 27.
[2] ROBREDO, Jaime – Da ciência da informação revisitada: aos sistemas humanos de informação. Brasília: Thesaurus; SSRR Informações, 2003. p. 40
[3] SILVA, Armando Malheiro da [et. al.] – Arquivística: teoria e prática... Ob. Cit. p. 28.
[4] LÓPEZ YEPES, José – La Documentación como disciplina: teoria e historia. 2ª ed. actualizada y ampliada. Pamplona: Ediciones Universidade de Navarra, 1995. ISBN: 84-313-1328-5. p. 80.
[5] RIBEIRO, Fernanda e SILVA, Armando Malheiro da - Das "ciências" documentais à ciência da informação : ensaio epistemológico para um novo modelo curricular. Porto: Edições Afron-tamento, 2002. ISBN: 972-36-0622-4. p. 53.
[6] SILVA, Armando Malheiro da – Documentação e Informação: as questões ontológica e epistemológica. [s.l.: s.n., s.d.] p. 3-4.
[7] Sobre este aspecto, ver: RODRÍGUEZ BRAVO, Blanca – El documento: entre la tradición y la renovación. Gijón: Ediciones Trea, S.L., 2002.
[8] Ciência da Informação, Ciências Sociais e Interdisciplinaridade. Org. de Lena Vania Ribeiro Pinheiro; pref. de Gilda Maria Braga. Brasília; Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia, 1999. p. 178.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2005

Atrasos do programa Regiões Digitais preocupa especialista


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O gestor do Programa Operacional da Sociedade do Conhecimento, Jaime Quesado, admitiu no passado dia 23 de Novembro, em Tomar, que alguns projectos de Cidades e Regiões Digitais continuam atrasados devido à "falta de articulação dos parceiros locais".
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Durante uma conferência inserida numas Jornadas de Administração Local, Jaime Quesado considerou que a "implementação deste projecto (Regiões Digitais) está atrasada" devido a vários factores, como a falta de infra-estruturas, a ausência de sinergias entre territórios ou a pouca articulação das autarquias com outras instituições regionais.
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Fonte e notícia completa: Agência Lusa

Leis Portuguesas na Sociedade da Informação


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Nos próximos dias 5, 6 e 7 de Dezembro de 2005, vai ser discutida a legislação portuguesa para a Sociedade da Informação.
O evento é organizado pela Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação, onde será discutida a legislação portuguesa para a Sociedade da Informação, nomeadamente a Lei da Criminalidade Informática, as Leis do Comércio Electrónico e a Lei do Direito de Autor na Sociedade da Informação.
O evento realiza-se no Auditório da Ordem dos Advogados em Lisboa.

sábado, 3 de dezembro de 2005

UNESCO recebe apoio em liberdade de expressão, diversidade cultural e acesso à informação na CMSI


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No dia 18 de novembro, o Diretor-Geral da UNESCO - Koichiro Matsuura - recebeu com satisfação o apoio dado pelos 176 países participantes da Cúpula Mundial da Sociedade da Informação – CMSI (Túnis, 16 a 18 de novembro) ao conceito de “sociedades do conhecimento” da UNESCO.
Este conceito é baseado em quatro princípios: liberdade de expressão, educação de qualidade para todos, acesso universal à informação e ao conhecimento e respeito à diversidade cultural e linguística.
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Fonte: UNESCO

sexta-feira, 2 de dezembro de 2005

Plano Tecnológico


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O Público abriu um blogue para fomentar a discussão na blogosfera sobre o plano tecnológico do governo. Aqui fica o Link


Arquivos sobre Humberto Delgado estão online


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Conhecer melhor a vida de Humberto Delgado, tirar alguma dúvida ou pesquisar um período da história contemporânea fica a partir de hoje mais fácil. A Fundação Humberto Delgado conseguiu, ao fim de vários anos, digitalizar e disponibilizar online todos os documentos conhecidos sobre o general da Força Aérea, apoiante de Oliveira Salazar, que se torna um dissidente do regime do Estado Novo, candidata-se às eleições de 1958 e é assassinado sete anos depois, em Espanha.
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Na apresentação pública desta iniciativa, ontem, no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, em Lisboa, Iva Delgado, filha de Humberto Delgado e responsável pela fundação, destacou: "O acto ultrapassa as paredes desta casa." "Não se trata de um repositório de informações, ganha um corpus próprio e fala-nos da história e a história está a precisar de ser falada. Sem a divulgação deste manancial de informações, os arquivos do Estado Novo não estariam tão enriquecidos", afirmou.
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As consultas podem ser feitas em ww.humbertodelgado.pt. A partir do seu motor de busca, é possível aceder a milhares de documentos digitalizados sobre o general, que se encontram, por exemplo, nos arquivos da PIDE/DGS, no Torre do Tombo, no Arquivo Histórico Militar e no Histórico-Diplomático do MNE, no Centro de Documentação 25 de Abril, no The National Archives britânico, no arquivo do Ministério das Relações Exteriores de Espanha.
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Documentos novos
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Alguns documentos, contudo, são novos e fruto de doações particulares. É possível, pela primeira vez, consultar o processo de transladação dos restos mortais de Humberto Delgado para o Panteão em 1990, a sua promoção póstuma a marechal, o processo individual de cadete da Força Aérea (que estava votado ao esquecimento nos arquivos militares e que foi digitalizado pela primeira vez agora) ou até o esboço da capa de um livro sobre os Açores, feito à mão pelo general.
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O responsável científico pelo arquivo, Luís Nuno Rodrigues, considera que se trata de "um dos projectos mais inovadores no domínio do estudo do século XX" e "um dos mais importantes fundos documentais que podem ser acedidos através da Internet".
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A família de Humberto Delgado reuniu também nova documentação para entrar neste fundo. Quando a viúva do general decidiu doar o espólio que tinha em casa à Bibilioteca Nacional, em 1982, pôs como condição que a documentação só fosse tornada pública 40 anos após a morte de Humberto Delgado, o que acontece precisamente este ano.
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Cartas em que Delgado elogiava Oliveira Salazar ou outras em que criticava Américo Tomás ou documentos sobre o momento da criação da TAP (o general foi um dos seus fundadores enquanto director do Secretariado da Aeronáutica Civil) são outras das peças que podem ser consultadas.
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quinta-feira, 1 de dezembro de 2005

Europa confronta exclusão digital


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A idade, o rendimento familiar e a educação são factores que determinam o nível de utilização da Internet entre os cidadãos europeus. Os dados constam de um estudo do EuroStat que analisou 25 países da União Europeia entre Abril e Junho de 2004. Apesar das medidas implementadas pelos Estados-Membros para promover a utilização da rede, o EuroStat conclui, ainda assim, que existe uma “divisão digital” na Europa.
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Consultar estudo:

Orientações para a Descrição Arquivística: Ponto da Situação


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Informação do Instituto dos Arquivos Nacionais / Torre do Tombo:
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Após a divulgação das Orientações para a Descrição Arquivística: documentação junto da comunidade profissional, foram recebidas propostas e comentários de diferentes entidades: Arquivos Distritais de Castelo Branco, Faro, Guarda, Leira, Porto, Setúbal, Vila Real, bem como do Arquivo Fotográfico de Lisboa, Centro Português de Fotografia,
Arquivo Histórico da Secretaria Geral do Ministério da Educação, Arquivo
Histórico Ultramarino, Arquivo Municipal de Lisboa, Arquivo Municipal de Loulé, e Torre do Tombo.
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Encontra-se em fase final de redacção o texto das Orientações para a Descrição Arquivística: produtores e escolha e construção de pontos de acesso normalizados para pessoas colectivas, pessoas singulares e famílias.
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Concluída esta versão provisória, abrir-se-á uma nova fase de consulta à comunidade arquivística, para recepção de comentários, propostas de alteração, críticas e sugestões. Pretende-se, uma vez mais, envolvê-la na sua realização, seguindo aquele que se tem vindo a consolidar como lema neste longo processo de construção: orientações de todos para todos.
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A comunidade arquivística portuguesa passará então a dispor de um novo instrumento de trabalho que se espera útil e que contribua para a implementação da Rede Nacional de Arquivos. Será da responsabilidade de todos e de cada um contribuir para as revisões periódicas que se exigem para que um documento com estas características não perca a sua validade e actualidade.
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Fonte:

Arquivo

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